Como gerir o trabalho sazonal?

19.07.2018

O verão é uma época atípica que cria entraves na economia, onde por um lado estão os agentes económicos cuja atividade abranda e por outro os agentes que contribuem para um crescimento exponencial de atividade, o que obriga muitas organizações a reforçar as suas equipas com pessoas que satisfaçam as suas necessidades sazonais.

De acordo com as estatísticas oficiais o setor do turismo e o setor agrícola são os maiores empregadores sazonais a operar em Portugal, sendo o Algarve eleita a maior região sazonal seguida das regiões vinícolas. A diversidade setorial e regional associada à escassez de mão-de-obra qualificada para a persecução das tarefas inerentes às funções, são os principais desafios das empresas portuguesas nesta fase crítica do ano.

Como se o tratamento de todas as variáveis até agora enunciadas não fosse suficientemente complexo, há ainda que ter em consideração que o valor hora por função pode ser diferente e que uma parte significativa das organizações de cariz agrícola diversificou a sua oferta para o setor do turismo, coincidindo com os períodos sazonais das suas atividades.

É importante que haja a consciência de que neste segmento do mercado de trabalho o foco não é o desenvolvimento humano mas sim as condições remuneratórias inerentes à função/tarefa contratualizada. Caso não exista esta consciência o risco de não conseguir satisfazer as necessidades de mão-de-obra da sua organização é extremamente elevado.

Para que a gestão destes negócios seja eficiente é fundamental que a principal fonte de divulgação das ofertas de trabalho seja feita pelos colaboradores da empresa e pelos ex-colaboradores sazonais, só assim será possível transmitir a confiança e a segurança desejadas para a atração de mão-de-obra e por outro, um sistema integrado e eficiente que permita gerir tempos e produtividade em simultâneo com os contratos, condições e remunerações acordados para cada colaborador por tarefa.